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O dia em que o mundo parou.


Era um dia de terça-feira comum, sol forte, pessoas no seu vai-e-vem cotidiano de trabalho e coisas a fazer. Eu, no meu primeiro dia de trabalho, feliz pela mudança elevada de posição e a migração para uma empresa sólida. Eram aproximadamente oito da manhã, me desloquei para desempenhar algumas tarefas e até aí, tudo estava na sua normalidade. Ao retornar porém, percebi uma aglomeração á frente da TV. Estranho, todos os meus colegas, inclusive o proprietário da empresa estavam assistindo. Arrisquei uma olhadinha também. Semelhante aos outros, paralisei em frente a tela. Ali, diante dos meus olhos, estava o World Trade Center sendo circulado por um enorme avião, que em seguida chocou-se com a torre. A imagem repetia-se e o que se via eram as chamas, estilhaços e muita fumaça. Algumas imagens eram difíceis de entender, mas o pânico, este era indescritível. Pessoas choravam, gritavam, desesperavam diante do colossal episódio de destruição. Esqueci o trabalho, colegas, chefe, esqueci a vida, chorei por pessoas que nunca cheguei a conhecer. Gente que assim como eu, queriam apenas construir seus sonhos, conduzir suas vidas, estar ao lado das suas famílias e ser feliz. Morreram as pessoas, seus sonhos se foram e todas esperanças que tinham cessaram ali, naquele fatídico 11 de Setembro de 2001. Enquanto chorávamos, sim, quase todos ali choravam, não só eu, entraram as imagens da segunda torre sendo destruída. Escombros, bombeiros correndo, policiais e pessoas misturadas, jornalistas de todo mundo, pânico, muito pânico. Eu já podia chorar mais, não haviam lágrimas e estava buscando entender o ser humano. Já li e assisti muito sobre canibais, estes seres que comem a carne da própria espécie. Mas aqueles que idealizaram estes ataques, jamais poderiam ser confundidos assim, prefiro confundi-los com Caim, que num gesto inexplicável e puramente homicida, aniquilou o próprio irmão. Mais de dez anos depois, consigo ver a cena em minha mente e choro como se a visse agora, porque ficou o trauma daquelas vidas inocentes das culpas de existirem, sendo tiradas do mundo para alimentar o prazer da discórdia injustificada. Peço a Deus por todos que se foram, pelo conforto dos que sem eles ficaram e também pelo mundo, para que a humanidade perceba que tudo que semearão hoje, colherão frutos amanhã e é destes frutos que terão que comer.

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