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Quando o desejo chega e quando acaba.


Quem nunca sentiu aquele arrepio quando olha para alguém especial? As vezes nem tão especial, acontece na primeira olhada aquele arrepio esquisito, aquele gelinho no corpo e o aquecimento do rosto. É difícil conter porque é um gesto involuntário, o corpo reage, se acende, aquece, esfria, fica meio que maluco. Nestas horas a gente cora, fica sem jeito, meio que sem assunto. É uma reação natural, algo perfeitamente normal sentir-se desconcertado diante do desejo que se sente pelo inesperado. Mas há outros desejos não tanto inesperados. Aqueles que se sente premeditadamente por querer alguém muito especial. Nestes casos já não ficamos rubros e sim sentindo aquele calor que nos toma, nos domina e nos deixa famintos de vontade de ter aquele alguém. Quando o desejo está envolto pelo sentimento do amor, torna-se lindo. Não é um desejo promíscuo, vulgar, não é gratuito, mas é verdadeiro e coberto de muito romantismo. Desejar a quem se ama é algo indescritivelmente belo e torna a relação a dois mais intensa. É muito gratificante desejar o ser amado, lembrando que esta é uma das propostas da relação a dois, mas que também se constitui num dos maiores problemas conjugais modernos. Muitos casais estão vivendo relacionamentos onde não estão satisfeitos sexualmente. Podem estar satisfeitos no âmbito financeiro, em todas as outras questões, mas sexualmente não. É muito difícil evitar atritos, discussões e prováveis separações nestes casos. Um sente-se preso ao outro que não realiza seus desejos, mas não percebe ou finge não perceber a situação. Em muitos casos o diálogo não resolve, a situação fica pior e muitas vezes é inevitável a separação. Mas o pior é quando ambos não se satisfazem. A relação torna seca, morta e insalubre. Não há relacionamento sem desejo, tamanha é a importância deste sentimento. Nenhuma relação sobrevive sem ele, até porque todas as relações nascem a partir dele. Em outras instâncias do desejo, como desejar a felicidade, o bem estar, desejar o sucesso, a saúde, a alegria do outro e não apenas desejo físico propriamente dito. Quando uma relação começa a esfriar em relação ao desejo que um sente pelo outro, é bom dar um stop in go, partir pro diálogo aberto e salvar a relação, porque se tem algo que pode ameaçar a convivência a dois é a falta de desejo. Obviamente todos sabemos que se alguém não sente desejo pelo seu par, isto não quer dizer necessariamente que aquela pessoa deixou de sentir desejo, mas que deixou de sentir desejo especificamente por aquela pessoa e que poderá sentir desejo por outra ou por outras. Muitas vezes a falta de desejo indica que a pessoa também não está sentindo desejada ou que as habilidades do outros não correspondem as ás suas expectativas. Seja de que forma for, hoje grande parte dos casais vivem este drama. São casamentos de fachada, mantidos a contra-gosto, relações perdidas, insatisfações e muito sofrimento. Desejo é muito importante, talvez tão importante quanto o amor. Manter preso a si, alguém de quem não se busca satisfazer os desejos de forma plena, não liberando ou procurando resolver a situação é muito complicado, apesar de muito comum em vários relacionamentos conjugais. As pessoas namoram, noivam e casam acreditando na realização dos seus desejos, não só em outras áreas, mas principalmente no campo físico e mesmo quando há satisfação em tudo e falta realização física, a relação desaba por falta de base sólida. Amor e desejo andam juntos e sem um o outro não sobrevive. Pense nisso e até a próxima, abração.

Um comentário:

  1. nossa sem palavras, ótimo para refletir, adorei.
    Parabéns mais uma vez..........

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